ah, como eram lindas e vivas as estrelas e como me sorria o luar. Como meu coração acelerava quando eu sentia que estavas vindo, que cada segundo era um a amenos pr'Eu te encontrar. Via as cores das flores distantes e até sorria para as pedras para que elas se sentissem amadas...
Agora fostes embora e deixou a noite tão escura e longa. As estrelas que eram tão brilhantes, agora me parecem tão tímidas e distantes, e te vejo lá, sempre linda e brilhante, mas muito distante dos meus braços que são tão teus (já não tenho mais meus abraços). As flores me parecem pálidas e mortas e o luar se escondeu atrás das nuvens também cinzas.
Fostes e és, para mim, uma linda estrela que desceu aqui na proa do meu barco, mas que o céu te chamou de volta. Só peço que me ilumines, de alguma forma, nunca dependi do teu brilho, mas agora não conseguirei mais viver se não estiveres aí no céu...mesmo que por trás das nuvens.
Me resta agora te guardar aqui,dentro de mim, e imaginar o que estais fazendo agora, se dormes bem ou se tens medo do escuro do teu quarto que nem conheço.Estais aqui, nesse corpo sem braços nem abraços, num lugar que sei que, por mais que o tempo e a distancia digam que não, ainda estamos abraçados...
E se eu sorria para as pedras enquanto te esperava, hoje suplico para alguém sorrir para alguém que, depois de uma noite linda e de ouvir um triste adeus, virou pedra também.
...e sinto um aperto.Um aperto de quem teve o coração levado embora ou dado para quem não volta mais...
2 comentários:
Que grata surpresa!! Estou atônita com o que li...
uma Florbela Espanca cronista de barba, Emídio. E isso é um elogio.
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