segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

pequenino fantasma com cheiro de saudade

...E também me pergunto de que adianta ficar trazendo de volta as lembranças que se foram, do que foi mas já não é, dessa conformada visão dos tantos mil que já fomos. Me perco ao pensar que é sempre um meio de tentar valorizar o que tenho hoje, embora não tenha sido nada disso que desejei.
Bailando com meus fantasmas cheio de cheiros de saudade, me vejo brincando com uma barquinho de papel num pequeno círculo cavado na areia onde as ondas desistem de perseguir os pés de quem andam pela praia perdido no horizonte ou nos cabelos daquela estranha que olha com desdém para as algas mortas na praia.
Antes eu era um menino que sonhava em navegar, ser piloto de alguma nave que ainda não iventaram, mas ninguém nunca me avisou que só pilota uma nave sozinho, só se navega sozinho, só se ama sozinho.
Ninguém me avisou da dor, daquilo que eu teria que procurar, mesmo sabendo que jamais encontraria...ninguém me avisou que aquele temido monstro era minha própria sombra que sempre sabia ds.
E eu brincava com pipas,construia castelos de cartas que o vento sempre levava.Levava a pipa para longe dos meus pequeninos braços e colocava sempre aquele meu forte de paus e copas abaixo em segundos...
...ninguém nunca me falou que aquele vento que eu tanto amaldiçoava com palavras milenares mas com voz de menino seria minha única esperança para um dia poder sair dessa ilha que sempre me acompanha dentro dessa nau.