quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

saudade numa dó menor

E pelo quarto que um abajour ilumina, percorre uma nota triste de piano. Não se sabe de onde vem essa melodia, talvez até mesmo de sua cabeça.Ela simplesmente nasce e percorre todos os cantos desse cárcere, bailando , rodopiando por entre as estátuas que olham eternamente para ele como se perguntassem a quem não sabe de nada o "por que?".
Sem mais nada. Tudo parece ter mudado nessa eternidade de paz ligeiramente atormentada. O sentido da vida lhe foge dos pensamentos, a felicidade é brisa e a saudade é o timoneiro dessa nau. não vive o presente hoje, deixa para vivê-lo amanhã, onde estará na caixa do passado lacrada pela chave da saudade.É como se fosse para ele uma fuga, o não ver,o encolhimento e o refugio entre os lençois de uma criança que vê o mosntro do armário diante de sua cama. Nada há para ser mudado, no entanto a certeza de que o medo é por causa do fato de poder imaginar, também traz consigo a possibilidade de ser tudo mentira, da vida ser bela, e das pessoas amáveis e confiáveis.
A noite é sempre eterna para quem espera, seja o amanhecer para lhe ofuscar os olhos ou os passos ansiosos de alguém que chega de viagem.
"queria te abraçar e te ouvir dizer que estava com saudades" como apenas esse emaranhado de palavras expulsam aquela eternidade de saudade, de sofrimento, e incansáveis perguntas à lua.
Sempre á mil formas de se percorrer um caminho,isso é verdade, mas alguém me diga uma outra forma de ter saudades sem que o tempo pare e as madrugadas sejam tão eternas.

Um comentário:

lcss disse...

"Sempre há mil formas de se percorrer um caminho,isso é verdade, mas alguém me diga uma outra forma de ter saudades sem que o tempo pare e as madrugadas sejam tão eternas."

fodaa!!!