sábado, 30 de agosto de 2008

Sobre o amor.

sinceramente, acredito que não haja nada mais majestoso e hilério do que o amor. O amor não, os que amam, os que vêem um céu diferente todos os dias, os que escutam com deleite a voz das rosas chamando para serem sacrificadas e presenteadas à alguém bem amado.Isso é majestoso.
De quando em vez me vejo também rindo sem saber o porque de tanta credulidade em algo que é tão sólido quanto um pensamento. Não sei! estou escrevendo só por ecrever, por talvez ainda por saber como um amante atua no palco e como um espectador, entediado, aplaude silenciosamente o espetáculo. Acho que escrevo como um náufrago que vê o seu último amor dentro de uma garrafa e a atira ao mar por saber que um mar em tempestade, ainda é o lugar mais seguro para o amor do que dentro de si.
Isso é um fluxo de consiência, pensamentos e sentimentos, não me peçam nexos ou sentidos. Estou falando de amor, desse amor que geralmente falamos para a lua, para uma garrafa de bebida, ou para aquele olhar piedoso de um cão. Esse amor que não vejo mais, mas sua brisa ainda entra pela janela numa noite de "olhar preso no teto buscando uma chama".Consegues entender?
Perguntei se compreendes por ter a certeza que estamos nos comunicando,na verdade, não me importa se vais entender ou não, não escrevo para você. Escrevo, creio eu, para poder ler e procurar um sentido nas palavras que eu mesmo desenho. "o diabo está nos mínimos detalhes" e é por isso que o caço, para, enfim, poder conhecer o dom de um deus louco, ou um demônio de compaixões, mas não quero continuar nessa ilha perdida e sem ventos para levantar as velas.
Não, não falei isso que estais pensando, tentei falar do amor.Tentei me esquecer, ou esquivar, da realidade de que , para quem não ama, o amor é mudo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Um Deus visionário que sonha, olhando nas próprias mãos, descrever com linhas tortas um sentimento tão reto.
Bela crônica, Emídio.

Filipe Pardal disse...

Não sei... eu tenho medo dessas coisas, sinceramente.
Por isso que me convém sempre um bom brega ou samba-canção.

Analu Amorim disse...

não sei se tu conhece, mas esse texto me lembrou a parte recitada da música vênus de moska.
muito bom!!!!!

"Escrevo, creio eu, para poder ler e procurar um sentido nas palavras que eu mesmo desenho."