segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Amor à uma estrela

Para T.B


Não, isso nunca vai ser possível! Como pode a realidade egoísta roubar ela dos meus sonhos?

Todos os dias, eternamente, ela estará sentada no alto daquela colina. As árvores parecem fezer fila para chamarem sua atenção, mas em vão.Seu olhar bailará com a contemplação desses meus que espreita daqui de baixo, nesse mangue. Não, nunca saias daí, fiques, embora nunca me vejas.Talvez seja até melhor!
ah, mas como eu contemplo esse olhar de estrela, distante e de imenso brilho! Como imagino meus olhos fechando-se num abraço de despedia! Como vejo seu olhar na lua cheia, iluminando a saudade de quem ficou mais uma vez na praia.
Mas não, não posso amá-la.Posso sim! mas ela não poderá me ver jamais!O tempo já corroe meus traços todos os dias, ao ponto de me sentir como um esboço do que foi um nada...Mas como não desejar acariciar esses cabelos, que explodem faiscantes à luz do sol?como não? embora estejas nos meus sonhos, sonhar com seu abraço?como não imaginar o amor eterno que lhe ofereceria espalhando o chão com as estrelas que eu buscaria para ela?!
Posso amá-la, mas nunca poderei tê-la...assim como à própria lua que agora me vê sentado a sonhar com ela.
Digo-te baixinho, para não escutares daí, onde sonhas em paz...
Minha pequena, juro amar-te como as estrelas.Um amor com luz intensa e eterna...mas sempre muito distante...

2 comentários:

lcss disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Filipe Pardal disse...

Quanta certeza em seu anonimato.
Distância é e sempre será tema para músicas inteiras.