quarta-feira, 22 de outubro de 2008

canção do vento na proa

...Por favor, não penses que a liberdade é algo tão glorioso ao ponto de se tornar o sentido de tua vida.Me perguntas, então, o que vem a ser a liberdade para mim.
Respondo-te que a liberdade é a carona nos ventos, os espelhos nos raios solares e as cores d'um por-do-sol. É teres o controle do leme, a direção das velas e o mar inteiro para percorrer.Achas atrativo, querias viver assim pelo mar à deriva, "em cada porto um amor"?
Deixa-me te falar sobre uma noite nessa tal "liberdade"...
Estarás debaixo de um céu estrelado que , lembrarás, já deste essas estrelas n'algum amor do passado passado; a maresia acariciará teus cabelos como algum amante outrora o fez e o vento soprará na proa do barco de carregando, cheio de saudades, para o cheiro daquela canção e do perfume daquelas rosas daquela pracinha tímida, mas que se transformava num império quando tuas mão estavam entrelaçadas com a do grande amor que ficou pra trás quando escolheste, ironia, a liberdade.
Não te iludas com o soneto da liberdade que as sereias proclamam, senão, quando estiveres no mar alto, verás que já não tens mais pra quem voltar - os amores ficaram na práia,inundados de lágrima vendo teu barco egoísta partir - e já não tens mais planos de futuro (desses que só o amor constroi) tens apenas o vazio...tens a imensidão do mar pra ti, mas não terás, nunca mais, para quem contar...

2 comentários:

lcss disse...

ui!
...

Laís Medeiros disse...

Caramba emidio...err...
adorei a parte do egoismo e tals...é um belo ponto de vista pra liberdade, essa que vc tratou.