domingo, 9 de novembro de 2008

Sombra sem nome

...E, se existires, sabes o quanto te procurei pelas madrugadas azuis , sem te econtrar jamais, me contentando com uma dose a mais ou com os perfumes de mulheres que me abandonaram. Sabes que tentei te enxergar em cada amanhecer, em cada pétala de rosa e até na própria degradação daquele ébrio que se despedaça. Algumas vezes senti tua presença, mas o medo sempre me guiava para outros caminhos. "you can't change your destiny"...
Sabes como a tua ausência me dói sem nem mesmo te conhecer, mais ainda nessas noites que o violino fala de amor e a lua se esconde. Ah, como perguntei onde estais para essa lua, para esse sol...quantas vezes mandei cartas pelos teus pombos mas, como sempre, fiquei a esperar terminando por dormir ao frio, procurando um ponto crescente no horizonte que me trouxesse de volta a esperança que dobrei e joguei ao vento.
Como é dificil ouvir 'la vie en rose" e não lembrar que também as rosas morrem. O quão é insuportável sentir falta de algo que nunca tive. Escravo de uma imaginação de flor mas que me abraça tão secamente.Me perdoas?
Me perdoas por eu sempre voltar para casa aos pedaços?Me perdoas por , sem conseguir te encontrar, suicidar-me mil vezes por dia?
Que um dia eu possa te encontrar, já que eu nunca fiz por merecer que o destino te colocasse em meus braços...Que, enfim, eu possa chorar e ter alguém para me consolar.

não precisarei mais desses sete sóis se eu tiver, numa noite escura de verão, o minúsculo brilho do teu olhar.

...O tempo, enfim, parará e só haverá tua piedade e minha redenção...

Um comentário:

Laís Medeiros disse...

Como é dificil ouvir 'la vie en rose" e não lembrar que também as rosas morrem. O quão é insuportável sentir falta de algo que nunca tive. Escravo de uma imaginação de flor mas que me abraça tão secamente.Me perdoas?