segunda-feira, 24 de novembro de 2008

então, fez-se luz.

Hoje fez sol durante as primeiras horas do dia. Para mim foi tudo de uma delicada estranheza:as cores, o vento, tudo parecia brilhante , mas meus olhos, acostumados com a fria noite (moi qui vivais la nuit, moi que dormais le jour) demoraram para abrir. Me esforçei para enxergar algo que valesse à pena, mas minhas mão, em movimento de defesa, combriam meus olhos e meu coração estava acelerado e desconcertado.
Voltei para dentro do barco para tentar pegar as cartas molhadas de lágrimas para secá-las naquela luz tão cortante. Voltei, até com um pouco de sorriso no rosto quase petrificado, e joguei as cartas para cima.Nesse momento, uma nuvem cobriu o sol e os ventos pararam.Nenhuma carta caiu do barco nem secou ao sol do renascer...mais uma vez eu estava na escuridão,rodeado de saudade.

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