Para minha pequenina estrelinha do norte
...e confesso que naquela noite que a vi e não sabia que mais a veria, pensei em tomá-la em meus braços, saber de seus amores morto-vivos, seus sonhos e suas tristezas, mas apenas brinquei com o formato engraçado do seu nariz e a deixei partir já que eu não poderia ficar.
A vida continuou e , agora, depois de um ano, "eu falo" e ela me "escuta"(estão em aspas porque, embora sejam escritas, não possuem som algum), distante, lá onde o mar tem um cheiro diferente e a chuva nunca me traria a nostalgia.
Hoje, talvez eu a tenha de uma forma mais pura, como as nuvens que trazem as noticias do norte, mas ainda sinto vontade de cuidar dela, de fechar seus olhos para que sinta eu a abraçando eternamente e, terminando a eternidade desse abraço que ela tanto precisa, sinta um beijo na testa com um afago nos cabelos desajeitado e molhado por lágrimas, arrumando-os por trás da orelha, para que quando o sol nascer, seja hora dela refletir seus raios em seus cabelos tão sonhadores...
...que um dia encontres alguém que tenha asas e te leve para o paraíso onde apenas apontei o caminho entre as estrelas...
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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Um comentário:
Olá, marinheiro! Estou eu, cá, atrevida que só, sem te conhecer, pra te dizer do teu belo jeito de escrever. Procurei um possível email no teu orkut mas como não somos amigos, não tenho acesso a ele. Sou amiga de sua amiga Laís, ela me apresentou esse blog porque também tenho um, onde dou uns passos atrapalhados, tal qual criança, de metida a escrivinhadora que sou. Qualquer elogio pode soar redundante, posto que coisas do gênero devam chover na tua horta. Como não quero cair em lugar comum ao falar o que todos provavelmente já falam, quero indicar um livro. Semanas atrás acho que Laís ja falou dessa minha indicação, mas quero reforçá-la. Tu já deve ter ouvido falar que Victor Hugo, por vezes, chega a ser maçante. De fato o é, mas isso não diminui a grandeza de sua obra. Os Trabalhadores do Mar foi responsável por uma paixão imediata pelo autor. A simplicidade, humildade são as caracteríscicas mais marcantes do personagem principal e "mascaram" sua grandiosidade ante os moradores de sua região. Ele conhece todos os segredos do mar, do qual é "dominador", por possuir destreza suficiente pra desbravar suas áreas mais traiçoeiras e amedrontadoras. O mar e um amor não correspondido (e, talvez por isso, mais belo que o recíproco) se revezam como foco do escritor. Adoraria fazê-lo uma rápida síntese do livro, mas pra isso teria de revelar o final, o que não se faz, principalmente com um livro de final tão poético surpreendente e, no melhor sentido da palavra, emocionante. E como tem Victor Hugo de autor, não deixa a desejar quanto à fama: é também, em alguns trechos do meio, maçante. Mas não deixe de ler. O conheço de ouvir falar e talvez possa dizer: parece com você.
Perdão pela intromissão.
Olga Elis.
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